Em sua primeira reunião sob a liderança de Gabriel Galípolo, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou um novo aumento na taxa básica de juros. A Selic subiu de 12,25% para 13,25% ao ano, marcando o quarto aumento consecutivo neste ciclo de aperto monetário.
Por que o aumento?
O cenário que levou a esta decisão inclui:
- Desancoragem persistente das expectativas de inflação
- Resiliência na atividade econômica
- Pressões no mercado de trabalho
- Necessidade de uma política monetária mais restritiva
O que esperar para o futuro?
O BC sinalizou claramente suas intenções para o próximo encontro em março, quando prevê um novo aumento de 1 ponto percentual, o que elevaria a Selic para 14,25%. Este patamar equivale ao observado durante o governo Dilma Rousseff (2015-2016).
Impactos na economia
A elevação da taxa básica de juros tem reflexos diretos em diversos setores:
Para o consumidor
- Crédito mais caro
- Financiamentos com taxas mais elevadas
- Maior rentabilidade em investimentos de renda fixa
Para a economia
- Freio no consumo
- Controle da inflação
- Possível desaceleração da atividade econômica
Cenário internacional
O contexto global também influencia as decisões do BC, especialmente considerando:
- A pausa no ciclo de queda de juros pelo Federal Reserve (Fed)
- Incertezas no cenário político internacional
- Impactos nas expectativas do mercado financeiro
Projeções e expectativas
O Copom atualizou suas projeções de inflação, que permanecem acima da meta mesmo com a Selic em níveis elevados:
- Para 2025: elevação de 4,5% para 5,2%
- Meta de inflação: 3,0% (com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%)
A decisão foi unânime entre os nove membros do comitê, demonstrando alinhamento na estratégia de combate à inflação, mesmo em um contexto de pressões políticas por juros mais baixos.
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